O tema emprego e trabalho é pertinente e sempre atual. Aliás, vivemos em um sistema capitalista de produção onde o princípio basilar são as trocas. E, entre as inúmeras trocas que fizemos, está lazer por trabalho. Pois bem. O quantitativo dos últimos meses no âmbito do emprego/trabalho não é muito bom. Isto é. A nossa taxa de desemprego está muito alta ainda. Os motivos são vários. Entre eles, a pandemia da Covid-19. A economia precisa e muito do fator de produção trabalho para crescer e se desenvolver. Ela é uma fator importante na renda da sociedade.
Mas como está o emprego/trabalho em Santa Maria? A resposta é bem simples e peculiar à característica econômica que temos. Como bem sabem, e já descrevi em vários outros textos anteriores, somos uma cidade onde a nossa matriz é de consumo. Logo, temos as principais oportunidades nos seguintes setores: público, serviço e comércio.
Como mencionei acima, a força motriz da empregabilidade, aqui em Santa Maria, reside em três setores principais. Contamos, ainda, com a indústria e o agro, mas com participações menores. A força de trabalho predominante está nas oportunidades públicas, o que já persiste por muito tempo. Isso também justifica a importância da vinda da Escola de Sargentos das Armas para cá. A ESA será mais uma fonte multiplicadora de renda e, consequentemente, de consumo.
A tendência de médio e longo prazo é que esse panorama se altere, caso as mudanças e as reformas administrativas federais aconteçam. Aí, poderemos ter, em longo prazo, uma mudança na forma de empregabilidade na cidade. Por isso, me referi com muita ênfase na busca por preparar a nossa cidade para outra realidade, se preparando para termos, no futuro, uma Santa Maria com mais opções de empregabilidade.
O setor público é gerador de uma significativa renda mensal em nosso município. Mas, dado a sua característica e atribuições, um servidor público tem objetivos e anseios diferentes do servidor privado. Este último é mais ambicioso e voltado ao empreendedorismo. Ambos têm funções necessárias e de mérito. Cada um no seu quintal são complementares e em nada são substituíveis, apenas maleáveis e adaptáveis ao longo do tempo. A tecnologia veio para ficar e vai impactar nas formas de trabalho daqui para a frente.
Acredito que ainda teremos, por muito tempo, a característica de uma cidade acolhedora da mão de obra pública. No entanto, os indicadores já mostram que, em médio prazo, teremos um franco crescimento do emprego/trabalho privado, setores que já estão em retomada. Afinal, é fácil perceber que já existem várias ofertas aparecendo no mercado